Preconceito é um sentimento ardiloso. Eu vivo tentando combatê-lo, mas, quando menos espero, percebo que ele está ali, escondidinho.
Este fim de semana, fui ao Rio e, como foi uma emergência, voei de Ocean Air - que tinha o menor preço. Confesso que se não fosse preço, não teria comprado a passagem dessa companhia aérea.
Quando entrei no avião, falei para o Alê. "Nossa, se na Gol a gente só come barrinha de cereal, aqui não devem servir nem água". Ele retrucou, dizendo: "Que nada, eu voei de Pantanal dia desses e o serviço era ótimo".
Minutos depois, a aeromoça anunciou: "Senhores, em minutos daremos início ao serviço de bordo. Neste vôo, teremos quiche de quatro queijos, frutas da estação e sucos e refrigerantes". Fiquei passada. E ao provar o serviço de bordo, fiquei mais ainda. Tudo estava delicioso.
A Ocean Air é a prova de que é possível oferecer um serviço compatível com o que os passageiros esperam: comida simples e pontualidade. O vôo saiu e chegou no horário - coisa rara de se ver atualmente.
Uma comparação: na semana passada, voei para Manaus, de TAM. A viagem é razoavelmente longa. Foram quatro horas no avião - cheguei em Manaus meia noite e voltei no vôo de meia noite. Tudo o que foi servido foi um sanduíche frio. Nem travesseiro em quantidade suficiente para atender a todos os passageiros o avião tinha. E nos dois casos eram vôos noturnos.
Espero que a Ocean Air cresça muito, mas que não siga o caminho da Gol - que, depois de virar uma das grandes, manteve as barrinhas de cereal, mas elevou o preço das passagens.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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