segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Tchau, vó

Tchau, vó. Vai com Deus. Dê um beijo bem grande no meu avô e diga-lhe, embora ele saiba, que morro de saudade.

Faça um carinho longo e delicado na minha tia. Conte como estão os filhos dela, que são jovens de ouro, educados, queridos, inteligentes. Dê notícias de meus tios, de minha mãe, de meus primos, de toda a família.

Agradeça aos bisas por, um dia, terem dado origem a uma família de gente bem-humorada, corajosa, de bom coração e que briga, mas não deixa de se amar.

Vó, obrigada por ter me ensinado como é importante ser vaidosa. Você, junto com Tia Dalva, me ajudou a dar os primeiros passos em cima do salto alto, do alto dos meus dois anos. Obrigada pelos colares, pelo olhar crítico que mirava minhas roupas, meu cabelo, minha aparência. Obrigada por ter ajudado minha mãe a entender que ela não tinha nada de diferente dos outros, mesmo com uma deficiência física.

Estou aqui, morrendo de saudade, num luto enorme por tantas perdas. Mas a maior herança que você, meu avô, minha tia, meus bisas deixaram é a família que tenho. Vai com Deus, vó, e dê lembranças. Amo você.

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