quinta-feira, 26 de abril de 2007

A gripe e a paciência

À primeira vista, o título deste post pode parecer mais um dos delírios que tenho de vez em quando ao "mimeografar os pensamentos". Talvez até seja, mas é um desses delírios que dá vontade de partilhar.

Estou "gribada". Há muito tempo não ficava assim - pelo menos há um ano. Tinha até esquecido como é ficar gripada, o mal estar, a sensação de nariz entupido, a tosse. Um saco. Mas a gripe me fez perceber como paciência é importante.

Gripe é uma coisa chata pra caramba, mas não tem jeito. Tem que deixar que ela aja e esperar. Não adianta tomar vitamina C e o monte de outros remédios que todo mundo sugere quando você está gripado. Tem que esperar. Os medicamentos e água, muita água, até aliviam os sintomas, não não curam.

E, assim como a gripe, tem um monte de outras coisas na vida que são assim. Não adianta lutar contra, bater o pé, gritar, chorar. Tem que esperar. Paciência, minha gente, paciência.

sábado, 21 de abril de 2007

Só quero uma pizza!

Tem dias em que até pedir uma pizza é complicado. Você quer comer pizza, pega o telefone da pizzaria, mas não consegue ligar e fazer o pedido. Não dá pra escolher o sabor, são muitas opções e uma indecisão até mesmo em relação à pizzaria. Por mais que você sempre ligue para a mesma pizzaria, nesses dias você fica na dúvida se não valeria arriscar e ligar para outra, ousar e pedir um novo sabor, sei lá. Eita dia difícil.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Tudo-ao-mesmo-tempo-agora-e-com-perfeição

Tudo-ao-mesmo-tempo-agora-e-com-perfeição. Só isso? Sim, só isso.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Chuva no rosto

Ir em frente é difícil pacas. Toda vez que a gente precisa deixar alguma coisa pra trás, dói, a gente sofre. Mas depois, com o passar do tempo, a gente vê quanto valeu a pena ter seguido em frente.

Há uns anos, quando eu estava num desses momentos em que é difícil ir em frente, numa conversa, um amigo me disse: "Se você está na tempestade não adianta lutar contra. Feche os olhos e aproveite o vento e a chuva no rosto. Uma hora a tempestade passa".

domingo, 15 de abril de 2007

Uma penseira, por favor

Quem já leu Harry Potter entendeu o motivo do post. Mas como sei que muita gente acha que os livros do bruxinho são uma bobagem e não merecem ser lidos, explico (e acho que muita gente vai mudar de idéia a respeito de Potter e seus amigos depois de entender o que é uma penseira).

Uma penseira é uma espécie de bacia mágica onde você pode depositar lembranças. Basta aproximar a varinha mágica da têmpora, puxar as lembranças que estão ocupando espaço e colocá-las na penseira. Quer lembrar de um momento que não está mais no seu cérebro? Basta mergulhar a cabeça na penseira e você volta, literalmente volta, à situação vivida. Você tem a chance de reviver o momento, seja ele bom ou ruim, como um espectador, sem a possibilidade de alterá-lo.

Traduzindo para os tempos de pendrives, iPods, cartões de memória, a penseira funciona mais ou menos como um HD externo. Você armazena nela coisas que estão ocupando espaço no HD principal e que atrapalham o processamento de diversas aplicações.

Todo mundo já precisou de uma penseira, seja por conta do namorado, dos filhos, do trabalho - ah, o trabalho! - ou da quantidade de informação com que lidamos todos os dias. Uma penseira, por favor.

Mil anos em sete

Ontem em um almoço num japonês - sim, tenho amigos que ainda topam ir ao japonês! risos - entre um hot roll e outro, falamos sobre a maluquice que é viver num momento histórico em que tudo acontece e muda de forma tão rápida.

Lá no ano 2000, quando eu comecei a tomar ciência do que era Internet, não imaginava o potencial que todas aquelas inovações teriam. E mais: não imaginava que em sete anos essas inovações já não seriam inovações! Na verdade, até estou sendo bacana usando o prazo de sete anos, porque acho que elas perderam o posto de inovação antes disso. A sensação que tenho é que vivi mil anos em sete, tamanho o volume de informações novas que recebi. BBS, Internet, ICQ, Messenger, Segurança da Informação, certificações, GSM, CDMA, EVDO, 1XRTT, GPRS, EDGE, HSDPA, Wi-Fi, hotspot, Wi-Max, 3G, 4G!

Tá, eu sei que quase 80% dos brasileiros nunca tiveram contato com tecnologia. Sei também que toda essa discussão a respeito de evolução tecnológica, convergência, mobilidade (lá vem essa palavra novamente) está muito distante da maioria das pessoas. Mas não estou falando sobre a disseminação dessas tecnologias. Estou falando de avanço.

Quem tem contato com a Internet e com a tecnologia como ferramenta de trabalho, o que é o meu caso, me entende. A evolução é rápida e mortal. Quem não se dá conta disso e não se prepara para evoluir junto corre o risco de ficar pra trás. E, por mais que os 80% dos brasileiros ainda julguem que a tecnologia que temos hoje ainda seja coisa de ficção científica - porque simplesmente não têm a chance de conviver com ela -, eles sofrem os efeitos do avanço tecnológico.

Ih, o post ficou bem mais longo e sério do que eu tinha planejado inicialmente. Pra finalizar, uma última ponderação. Toda vez que tenho que apurar uma matéria sobre essa verdadeira sopa de letrinhas, penso na minha mãe. Apuro, entendo, ligo pra ela e conto a história. Minha mãe é uma pessoa genial, esclarecida, sensacional. Mas ela não tá nem aí se o celular dela é GSM ou CDMA, por exemplo. Por isso, depois de apurar, ligo pra ela. Se ela entender, estou pronta para escrever

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A cigana leu o meu destino

O amanhã

A cigana leu o meu destino.
Eu sonhei.
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã
Como vai ser o meu destino

Já desfolhei o mal-me-quer
Primeiro amor de um meni...no

E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz

Como será o amanhã
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser
================
A cigana leu o meu destino....

Ou isto, ou aquilo

Ou isto, ou aquilo, já dizia Cecília Meirelles.

Por hoje é só, pessoal. Inté.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Tradutor pessoal

O cara que inventar um tradutor pessoal para cada ser humano vai ganhar muito dinheiro. Explico: tenho uma teoria que as pessoas, mesmo aquelas que falam o mesmo idioma, não entendem as coisas da mesma maneira. Às vezes você diz: olha, tem que ser azul e quando você vê o resultado final está verde! Como pode?

Nesses dias, estive cobrindo uma feira de segurança digital e o cara usou a expressão "leitor de tela individual" que, no fundo, é o tal do tradutor pessoal. Usando esse aparato, a gente conseguiria ver e entender as coisas exatamente como elas se passam dentro do cérebro da criatura com quem a gente está falando.

Imagina como tudo seria mais fácil! Trabalho, romance, expectativas, frustrações, tudo traduzidinho....

terça-feira, 10 de abril de 2007

Mimeógrafo digital

Confesso que não imaginava que um dia teria um blog. Engraçado admitir isso assim, publicamente - e logo no primeiro post -, mas é verdade. Para quem não me conhece, explico. Sou jornalista. Cubro tecnologia. Para um site e para uma revista especializada em "mobilidade" - o termo é ótimo e merece um post futuro, só pela piada.

A equação lógica seria simples: jornalista-de-tecnologia-especializada-em-telecom-que-escreve-para-um-site-é-nerd. Não é bem assim. Gosto de tecnologia, mas falo e escrevo sobre ela tanto, todos os dias, que preciso fugir dela de vez em quando. Quando chego em casa prefiro me encontrar com o meu velho mimeógrafo.

Não, não tenho uma dessas velhas máquinas usadas pelas professoras quando eu ainda estava no jardim de infância. Para quem não se lembra, elas colocavam uma matriz com uma tinta azul na maquininha e danavam a fazer cópias de provas, exercícios e outras coisas.

Mimeografar é como chamo carinhosamente os momentos em que penso, penso e penso, os momentos em que estou eu comigo mesma. Quando a gente está pensando, passa e repassa situações, atitudes, planos, frustrações, até chegar a uma espécie de matriz, pronta para ser copiada. A cópia nem sempre fica clara, legível, perfeita, mas é um começo. Exatamente como nos meus momentos de reflexão.

Mas contei essa história toda pra justificar o nome do blog e do primeiro post. Mimeógrafo digital é um nome mais que adequado pra um blog que se propõe simplesmente a receber todas as cópias de matrizes que produzo diariamente no meu mimeógrafo particular. E, de tão digital que sou, faz sentido digitalizá-las. Mas não me cobrem periodicidade, assiduidade ou qualquer outra coisa que signifique "escreva com regularidade". Como já falei, às vezes preciso descansar da tecnologia. Até!