domingo, 15 de abril de 2007

Mil anos em sete

Ontem em um almoço num japonês - sim, tenho amigos que ainda topam ir ao japonês! risos - entre um hot roll e outro, falamos sobre a maluquice que é viver num momento histórico em que tudo acontece e muda de forma tão rápida.

Lá no ano 2000, quando eu comecei a tomar ciência do que era Internet, não imaginava o potencial que todas aquelas inovações teriam. E mais: não imaginava que em sete anos essas inovações já não seriam inovações! Na verdade, até estou sendo bacana usando o prazo de sete anos, porque acho que elas perderam o posto de inovação antes disso. A sensação que tenho é que vivi mil anos em sete, tamanho o volume de informações novas que recebi. BBS, Internet, ICQ, Messenger, Segurança da Informação, certificações, GSM, CDMA, EVDO, 1XRTT, GPRS, EDGE, HSDPA, Wi-Fi, hotspot, Wi-Max, 3G, 4G!

Tá, eu sei que quase 80% dos brasileiros nunca tiveram contato com tecnologia. Sei também que toda essa discussão a respeito de evolução tecnológica, convergência, mobilidade (lá vem essa palavra novamente) está muito distante da maioria das pessoas. Mas não estou falando sobre a disseminação dessas tecnologias. Estou falando de avanço.

Quem tem contato com a Internet e com a tecnologia como ferramenta de trabalho, o que é o meu caso, me entende. A evolução é rápida e mortal. Quem não se dá conta disso e não se prepara para evoluir junto corre o risco de ficar pra trás. E, por mais que os 80% dos brasileiros ainda julguem que a tecnologia que temos hoje ainda seja coisa de ficção científica - porque simplesmente não têm a chance de conviver com ela -, eles sofrem os efeitos do avanço tecnológico.

Ih, o post ficou bem mais longo e sério do que eu tinha planejado inicialmente. Pra finalizar, uma última ponderação. Toda vez que tenho que apurar uma matéria sobre essa verdadeira sopa de letrinhas, penso na minha mãe. Apuro, entendo, ligo pra ela e conto a história. Minha mãe é uma pessoa genial, esclarecida, sensacional. Mas ela não tá nem aí se o celular dela é GSM ou CDMA, por exemplo. Por isso, depois de apurar, ligo pra ela. Se ela entender, estou pronta para escrever

3 comentários:

Cãmi disse...

Dizem que é por isso que nossa geração é saudosista com 30 anos. São 20 anos que evoluiram muito mais que, no mínimo, 100 da civilização como conhecemos.

Unknown disse...

O pior é que qualquer criança de cinco anos faz a gente se sentir idiota diante de um computador.

Alexandre Carvalho disse...

Eu torço para que um dia a tecnologia largue do meu pé no aspecto profissional. Adoro tudo o que a tecnologia nos oferece, mas o fato é que o jornalismo que cobre essa área está cada vez mais chato.