quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Que venha gente boa!

Só pra constar também no mundo virtual: que 2008 venha trazendo muita gente boa, porque é isso o que faz toda a diferença no fim das contas. Eu estou é muito feliz com 2007 e animadíssima com o que vai chegar. Beijo pra quem é de beijo e abraço pra quem é de abraço - se bem que todo mundo deve ser de beijo e de abraço. É tão bom!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Na expectativa do dia de mulherzices

Depois de dias e mais dias de grande estresse, finalmente consegui começar a digerir a tensão, a pressão e o nervosismo. A pele começa a melhoar, o humor também e o sorriso volta a iluminar o rosto. Para coroar isso, neste sábado, depois de um longo inverno, terei meu dia de mulherzices - que já foi motivo de post aqui no Mimeógrafo Digital.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

No words. With you, The Police

Há coisas que só o fim do ano traz

Há coisas que só o fim do ano traz. Veja só essa propaganda do Ferrero Rocher (ô tosquice!). A versão brasileira do comercial só entra no ar em dezembro, assim como a Simone só canta no Natal (então é Natal, e o que você fez...) e o CD do Roberto Carlos só chega às lojas nessa época. É por essas e outras que eu adouro o fim do ano...

domingo, 18 de novembro de 2007

Melancolia

Hoje estou melancólica. E até acho que melancolia, na medida certa, é bom, faz a gente se dar conta de que os momentos passam. Me deu saudade de algumas coisas que costumava fazer e que, por mil motivos, já não faço mais.

Ao mesmo tempo, me dei conta de tantas coisas novas que faço hoje e que vou sentir saudade em alguns anos, porque a vida é assim, um eterno início e fim de ciclos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Mi Buenos Aires Querido - Tango

As sacadas de Buenos Aires

Buenos Aires traz milhares de sensações gostosas. O vento gelado batendo no rosto, enquanto o sol aquece a pele; o dulce de leche na ponta da língua, as medias lunas, as carnes.... Hmmmm!

A arquitetura da cidade parece atrair os olhos. Todos os prédios têm sacadas que fazem convites para um belo bate-papo e para relaxar. E as pessoas são estilosas, charmosas, ousadas no jeito de vestir e se pentear.

Essa cidade é uma delícia!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pra que horário?

Realmente não dá pra levar a sério a aviação comercial no Brasil. Fui pro Rio no feriado e tive duas incríveis experiências com a Varig. Primeiro, na ida, não consegui embarcar. Comprei uma passagem pra sexta-feira, 11/10, no último vôo da ponte-aérea e meu vôo deu overbooking. Resultado: fiquei no chão e só consegui embarcar no dia seguinte.

A segunda foi na volta. Meu vôo estava marcado para 18:15. Chegaria em São Paulo no máximo umas 19h, afinal são uns 40 minutos de vôo. Só cheguei em casa depois de 21h, porque o avião só levantou vôo quase 20h! Fiquei injuriada porque deixei de estar mais tempo com os meus amigos para chegar no aeroporto às 17h e fiquei plantada lá por umas duas horas e tal!

Pra que a gente compra passagem com horário se os caras não cumprem?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Momentos pra celebrar!

Sou uma pessoa privilegiada. Isso não quer dizer que também não tenha as minhas lamúrias - o que é super natural. Mas sou feliz demais com a minha vida. Adoro o que faço, tenho uma família que amo e que me ama e amigos que tornam tudo mais leve, colorido e divertido.

E hoje estou especialmente feliz. Neste feriado, vou encontrar pessoas que fazem parte da minha vida há uns 15 anos. Elas viram muita coisa acontecer e participaram de fases super importantes da minha vida. Além disso, vou encontrar minha família, de quem, infelizmente, não estou perto todos os dias. Sem dúvida, será um feriado especial, que merece ser celebrado!

Gente, tô chegando! Amo vocês!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

TPM tardia

Poucas coisas me deixam mais injuriada do que TPM tardia. Mulheres sabem do que estou falando. Tem meses em que a porcaria da tensão pré-menstrual parece chegar atrasada. As espinhas pipocam no rosto, o cabelo fica uma porcaria e você ganhou 60 quilos em uma noite. E mais: você acorda pronta pra brigar com o mundo, afinal, o mundo está contra você, e os olhos se enchem d'água por qualquer motivo. E tudo isso acontece depois do período que, teoricamente, deveria ser o da tal tensão.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Isto não é para você - 23

previously, leia em Os Quem

Paul chegou ainda esbaforido. Os enormes olhos negros corriam pelo saguão em busca do amigo. Estava uns 20 minutos atrasado, já tinha ligado para Eduardo, mas odiava deixar as pessoas esperando. De longe, acenou e acelerou o passo.

- E aí, cara! Foi mal o atraso!
- Você não perde esse jeito carioca de dizer oi - brincou Eduardo.
- Pois é. Tá bebendo o quê? Quero um igual - disse enquanto chamava a garçonete sem esperar pela resposta. Apontou para o copo do amigo e fez sinal de que queria um igual. A atendente balançou a cabeça num sinal de sim e dirigiu-se ao bar para pegar o pedido.
- Mas e aí, cara, animado? E Nicole, cadê?, emendou.
- Está arrumando a vida em Londres, mas em uns dias está por aqui. Uma amiga dela, uma tal de Olívia, também está se mudando pra cá. Parece que trabalha em uma rede de hotéis, algo assim.
- Dubai é a próxima fronteira. É o lugar onde tudo está acontecendo e vai acontecer nos próximos anos. Se ela for competente, não volta mais pra seja lá de onde ela vem. Aliás, de onde ela vem?
- Pelo que a Nicole me falou, ela estava vivendo em São Paulo, mas já passou por muitos lugares. É do tipo executiva-bem-sucedida-que-não-tem-vida-pessoal - riu Eduardo. A Nicole pediu pra você dar uma força pra Olívia nos primeiros dias. Ela chega antes de Nicole - completou.
- Beleza, vou mandar um e-mail pra Nic e pegar o contato dessa executiva de sucesso.

Leia o próximo em Por uma Second Life Menos Ordinária

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Se houver motivo, é mais um samba que faço

"Se alguém perguntar por mim, diga que fui por aí, levando um violão debaixo do braço. Em qualquer esquina eu paro, em qualquer botequim eu entro. E se houver motivo, é mais um samba que eu faço. Se quiserem saber se volto, diga que sim, mas só depois que a saudade se afastar de mim.

Eu tenho um violão para me acompanhar, tenho muitos amigos, eu sou popular! Eu tenho a madrugada como companheira! A saudade me dói, no meu peito me rói, eu estou na cidade, eu estou na favela, eu estou por aí, sempre pensando nela! " - Zé Keti

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Sou natural do Rio de Janeiro

Luiz Melodia

Alguém que tem "Melodia" no nome merece o meu respeito. Não importa se o nome é artístico ou não. Se for, merece ainda mais respeito, porque escolher essa palavra como sobrenome é de um bom gosto absurdo!

E aí, quando você ouve as músicas do cara, se dá conta de como ele é fundamental para a discoteca de qualquer pessoa. A voz, a dicção, as letras... A mais famosa é Pérola Negra, que tem uma frase da qual sempre me lembro: "Leia meu livro. Querendo, te empresto". Quem não curte o Melodia pode até não compreender porque gosto tanto dessa frase, então, explico. É que o cara está falando que é preciso vestir a pele do outro para entender o que o outro sente e pensa. É difícil, mas se a gente conseguisse fazer isso...

domingo, 30 de setembro de 2007

O Girassol

Sorte, sorte, sorte :-.)))

Restaurantes e relacionamentos

O que faz um lugar ser um sucesso ou um fracasso? Charme, boa comida e atendimento de primeira. E pensando aqui com meus botões nessa noite de domingo, acho que esses ingredientes também fazem relacionamentos serem um sucesso ou um fracasso. E estou falando de amizades, namoros, casamentos...

Charme é o que faz você olhar o outro e querer saber mais sobre ele. Não é beleza, é outra coisa, é algo que cativa, que absorve, que hipnotiza. É o que chama a atenção no primeiro momento.

Posso dizer que a boa comida é a essência de cada um. É tudo o que cada pessoa carrega de todas as coisas que já viu, ouviu e sentiu na vida. É isso que faz com que ela tenha um tempero único, exclusivo, cheio de especiarias. Junto com o charme, a boa comida torna cada um absolutamente especial.

E o bom atendimento é o dia-a-dia. O cuidado, o zelo, o afago na nuca, o beijo no rosto, um sussurro de saudade, um alô de alguém que está distante, um e-mail na caixa de entrada.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Isto não é para você 20

previously, leia em Os Quem

- Pois é, lembro bem de seus porres. Tudo bem, maninha?, perguntou com a voz ácida, enquanto ajeitava mais um travesseiro sob a cabeça de Nicole.
- Bons tempos aqueles, mas agora, com a gravidez, não posso beber, provocou Helena.
- É verdade, a gravidez, parabéns, Marcelo me disse..., respondeu Olívia, tentando devolver a provovação.
- Obrigada, estamos muito felizes. E um bebê é um excelente motivo para renovar muitas coisas. Por isso decidi te ligar. Eu e Marcelo gostaríamos de almoçar com você. Soube que você vai para Dubai.

Olívia estremeceu de raiva. Almoço! Almoço! Como ela tinha coragem. Mas se ela queria um teste de paciência e sinismo, tinha escolhido a pessoa certa. Olívia não recusava um convite pra briga.

- Ótimo, vamos naquele restaurante indiano, o Silka, em London Bridge. É ótimo. Será uma boa maneira de começar uma nova vida rumo a Dubai. Encontro vocês por volta de 1 da tarde.

Desligou o telefone e correu para o banheiro. Precisava de um banho quente e horas na banheira. Tinha que começar já a se preparar para este encontro.

Leia o próximo em Por uma Second Life Menos Ordinária.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O mundo é um lugar de gente sem noção

O post de hoje é um desabafo. O mundo é um lugar de pessoas sem noção. Na real, tenho MUITO medo de gente, porque os seres humanos não se esforçam para usar o bom senso. Simplesmente ligam o foda-se e fazem o que estão com vontade. Vamos aos fatos:

1- Na frente do meu prédio estão construindo alguma coisa dos frades do São Camilo. É uma puta obra e obra faz barulho, ponto. Até aí, tudo bem. Fico puta, porque todo dia antes de oito da matina os caras já estão batucando, furando, infernizando a minha vida. Mas não posso fazer nada, porque eles têm que fazer barulho. Só que em pleno domingão, tô eu lá dormindo no aconchego da minha cama e um bate-estaca me acorda. Meu, não acreditei. Eram os caras fazendo barulho em pleno domingo. Resultado, tive que dar um ataque com a peãozada. É só ter o mínimo de bom senso e se lembrar que existem outras pessoas no mundo além de você, cara-pálida.

2- Outra prova de que a falta de noção impera e chega ao nível corporativo é a TIM. Os caras NUNCA conseguem mandar a conta pra minha casa. Quase todo mês tenho que ligar pra eles pra tentar receber a porcaria da fatura. Não, eu NÃO quero ser inadimplente. Hoje, mais uma vez liguei pra eles. A conta vence amanhã e, é claro, não chegou. Liguei só pra tentar pegar o código de barras e... o sistema está fora do ar. A brilhante atendente, cheia de gerundismos, me pede pra "estar ligando daqui a uma hora". Meu! Você é que tem que me ligar assim que o sistema voltar! Eu não tenho tempo pra ligar pra TIM a cada hora pra tentar pegar a droga do código de barras porque a empresa não consegue fazer a conta chegar na minha casa. E, não, eu não moro em um trailler itinerante. Tenho endereço fixo!

3- Meu vizinho deixa um bilhete mávon no meu pára-brisa, pedindo pra eu estacionar o meu carro mais perto da parede porque ele está apertado. Ora bolas, querido, é claro que eu só paro o carro longe da parede pra apertar você. Todos os dias acordo e penso: vou apertar o carro do lado. Vamos aos fatos, mais uma vez:

a) A garagem É apertada, se é que você ainda não notou;
b) Estou parando dentro dos limites da minha vaga;
c) Se eu estacionar mais perto da parede, não abro a porta do carro!
d) Aprenda a escrever bilhetes gentis, talvez isso faça com que as pessoas topem se espremer pra sair do carro. Com bilhetes irônicos, você só vai conseguir que eu estacione ainda mais rente à linha que demarca a vaga.

Hoje tá fueda, puta merda.

domingo, 23 de setembro de 2007

Isto não é para você 16 (amigos, cansei dos números romanos, eles nunca foram para mim hehehe)

Previosly, Isto não é para você 15, em Por uma Second Life Menos Ordinária

Dentro do táxi, Olívia mudou de idéia. Pediu que o motorista parasse às margens do Rio Tâmisa. Queria caminhar, caminhar e depois ir ao Convent Garden. Gostava de ver toda aquela gente andando por lá. Queria comprar, comprar, comprar. Sentia-se mais consumista do que nunca, como se o as compras pudessem lhe trazer as respostas que procurava há anos. Aliás, dinheiro não era problema há muito tempo. Olívia sabia gastar, mas também sabia valorizar seu trabalho. Não pensava duas vezes na hora de satisfazer desejos como o primeiro par de Salvatore Ferragamo, a primeira peça Chloé ou uma boa garrafa de vinho. Gastava sem dó.

Enquanto o taxista dirigia no confuso trânsito de Londres, Olívia perdia-se na arquitetura inglesa. O Parlamento, com toda a sua imponência, era uma imagem inebriante, inesquecível.

A imagem da amiga veio à mente, como um pedido de socorro. Pegou o celular e discou um número de Londres. Queria encontrá-la antes de ir para Dubai. Precisava desabafar e, tantos anos depois, Nicole era a pessoa ideal. Solteira convicta, embora tivesse um namorado aventureiro há anos, ela entendia Olívia como ninguém. Era uma versão feminina de Antônio.

- Hi, dear, it's me!
- Olívia! Você está em Londres?
- Olá, querida, sim! E estou indo em direção ao Convent Garden. Vamos tomar um chá e falar da vida? Amanhã partirei para Dubai.
- Dubai!? Eduardo está lá, eu também deveria ir, mas... Chá, chá, sim. Combinado. Encontro você no lugar de sempre em 40 minutos. Um beijo!

Continua.. Isto não é para você 17, em Os Quem.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mulherzices

Hoje cheguei à conclusão de que adoro mulherzices. Se você ainda não me ouviu falando essa palavra, explico. Mulherzices são coisinhas beeeem típicas da alma feminina. Por exemplo: fazer as unhas. Os homens nunca vão conseguir entender como é BOM fazer as unhas. O ritual é sempre o mesmo, mas dá uma sensação de higiene, beleza, cuidado. Adouro.

Mas decidi escrever sobre isso porque hoje pela manhã, antes de vir pra redação, resolvi começar o dia de forma diferente. Saltei mais cedo da cama (e isso é realmente uma coisa rara) para fazer uma hidratação no rosto. Uma hora de relaxamento, massagem, creminhos e coisas muuuito mulherzice.

Aí, pensei: será que sempre gostei tanto dessas coisas? Cheguei à conclusão que não. Com o tempo fui descobrindo como é legal aproveitar um tempo só pra cuidar de mim mesma, pra viver breves momentos de madame. E acho que esse é o tipo de coisa que só a maturidade traz, porque a gente aprende a se valorizar mais.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Isto não é para você XIII

previously, Isto não é para você XII, em Por uma Second Life menos ordinária.

Olívia sentiu-se zonza. Helena, gravidez, Marcelo, Dubai e ainda o maldito fuso horário... Muita informação em tão pouco tempo. Respirou fundo e levantou os olhos lentamente, preparando-se para encarar Marcelo. O toque do celular resgatou Olívia, trazendo-a de volta à vida. Evitou olhar novamente para Marcelo e esticou o braço para alcançar o telefone jogado no chão, ao lado da cama.

Olhou o visor, era Antônio. Atendeu, mas o celular escorregou de sua mão, como numa trégua para que ela disfarçasse o estado de choque em que se encontrava. Pegou o telefone do chão, levantou-se ainda enrolada no lençol e entrou no banheiro da suíte. Forçou uma voz alegre e disse:

- Oi, meu amor!
- Chegou bem? Sempre fico preocupado com você, embora você fique mais em aeroportos do que em casa, riu Antônio.
- Sim, sim, está tudo bem.
- O que houve? Conheço você, Olívia. O que houve?
- Nada! É só esse fuso horário maldito. Para mim ainda é de manhã cedo, mas já está quase na hora do almoço aqui... Nunca vou me habituar a isso. Tudo bem aí?
- Sim, sim. Queria te contar que falei com Helena hoje. Ela me ligou.

Olívia gelou do outro lado da linha. Maldita Helena! Em pouco mais de meia hora tinha conseguido entrar em sua vida por duas vezes. Tentou disfarçar o choque e perguntou:

- O que ela queria?
- Saber de você. Me ligou ainda de madrugada, você sabe, ela nunca se lembra do fuso horário. E me perguntou de você. Quando disse que você estava em Londres, ela ficou em pânico. Olívia, você e Marcelo...
- O que você acha, Antônio?
- Amo você, minha querida, principalmente porque você age sempre com o coração. Mas cuidado, você já se machucou demais com essa estória.
- E continuo, sussurrou Olívia.

Um som estranho começou a tocar no celular, indicando que havia uma chamada em espera. Olívia olhou o visor e reconheceu o número de sua irmã.

Continua... Isto não é para você 14, em Os Quem (cansei dos números romanos).

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Isto não é para você - XI

previously, "Isto não é para você X",

Olívia e Marcelo se olharam com um certo constrangimento repentino. Nenhum dos dois conseguia coragem para afirmar que tinha seguindo em frente com a vida. Marcelo e ela tentaram, cada um à sua maneira.

Ela mergulhou no trabalho, como fizera em tantas ocasiões de crise. Quando descobriu que sua mãe não era sua mãe, "fugiu" para Hong Kong por seis meses. E quando ela e Marcelo ruíram,
o consolo apareceu em vôos quase semanais ao redor do mundo, de uma capital para a outra. Em alguns dias, Olívia simplesmente não sabia em qual aeroporto estava. Perdera a conta de quantas vezes esteve em Berlim, Londres, Paris, Buenos Aires e Dubai, que agora seria seu novo lar pelo próximo ano. Um longo ano, previa.

A oferta para trabalhar nos Emirados Árabes foi mais uma boa oportunidade para Olívia ratificar o estereótipo de mulher bem-sucedida que construiu de forma tão sólida ao longo da vida. Pura mentira, pensou. Queria mesmo Marcelo e os encontros furtivos que tinham. Sentiu os olhos encherem d'água e respirou fundo, como quem acorda de repente. Fitou Marcelo e sentiu medo. Viu um olhar que ela bem conhecia e sentiu uma nova despedida.

- O que foi, perguntou Marcelo.
- Nada, nada, respondeu Olívia, tentando disfarçar. De repente me senti como em um flashback.
- Eu também, concordou Marcelo.

Por tanto tempo estiveram juntos e por tanto tempo separados, mas Olívia sempre rondou seus pensamentos. Marcelo sentia-se prisioneiro. Amava Helena, mas também amava Olívia. Logo ele, que sempre foi o certinho da turma, que achava um absurdo trair e impossível amar duas mulheres. Agora ele sabia que era possível e, mais do que isso, angustiante. Precisava falar e, antes que pudesse refletir, as palavras escaparam.

- Helena está grávida.

Continua....
Isto não é para você XII", em Por uma Second Life menos ordinária

Lugar de gente feliz

Eu gosto de comprar no Lugar de gente feliz. Quem ainda não sabe, o Lugar de gente feliz é o supermercado Pão de Açúcar, do "seu" Abílio. Tá, eu sei que fazer compras lá é tomar uma facada no orçamento do mês, porque tudo é muito mais caro do que em qualquer outro supermercado, mas eu gosto de comprar lá.

No lugar de gente feliz as pessoas estão sempre sorridentes, os atendentes são bonitos, tudo está sempre limpo e com cheiro de novo. Ontem fui ao Extra, outro supermercado do "seu" Abílio e, na buena, fiquei deprê. O Extra da Brigadeiro é enorme, tem coisas pacas, mas, por isso mesmo, não tem aquela carinha intimista. E as pessoas não são bonitas, simpáticas e com cara de gente feliz.

Ah, que saudade do Lugar de gente feliz, pensei enquanto empurrava meu carrinho repleto de iogurtes, queijo e frutas. "Seu" Abílio, entrego os pontos. AMO o Lugar de gente feliz.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Isto não é para você - VIII

Achei realmente que isto não era para mim, mas a Wan acabou me convencendo do contrário. Explico: meus queridos Serginho Damasceno e a Wanise estão escrevendo uma novela a quatro mãos. Cada um escreve um capítulo em seu blog e o outro continua.

Depois de trocar muitas mensagens via messenger com a Wan, ela me convenceu a escrever um capítulo, dando meus pitacos no rumo da trama. O resultado você lê abaixo, no oitavo capítulo de "Isto não é para você".

previously, "Isto não é para você VII", em Os quem

Helena acordou sobressaltada no meio da noite. Como num pesadelo, lembrou-se dos encontros furtivos de Marcelo e Olívia, das inúmeras pontes-aéreas São Paulo-Londres, das confissões, dos anseios e das esperanças de sua irmã.

Sentou-se num susto, esticou o braço e pegou o copo d'água no criado mudo. Bebeu sem respirar, como se quisesse afogar as lembranças. Mas elas vieram à tona. Lembrou-se de Marcelo colocando o copo com água ao lado da cama toda noite. Lembrou-se do cheiro dele, de suas mãos apertando-a contra seu corpo e das mesmas mãos acariciando suas pernas. Lembrou-se de seu casamento e quando sentiu o tempo parar ao ver Olívia. O duelo foi duro, mas ela vencera. Pena que o vencedor carrega a culpa da vitória, filosofou.

Levantou-se, vestiu o roupão e pegou um cigarro. Foi até a sacada do hotel e cantarolou "Let it be". Mais piegas, impossível, pensou, afinal ela estava em Liverpool. Acendeu o cigarro e tragou. Sentiu um enorme alívio, mas o pesar e a culpa que a acompanhavam continuavam ali, bem no fundo do peito. Pela manhã ligaria para Olívia. Depois de tanto tempo, precisava falar com ela.


Continua: "Isto não é para você IX", em Por uma Second Life menos ordinária.

Era uma vez uma menina que gostava de vermelho

O tema do post de hoje é a Larissa. Não, na verdade não é a Larissa em si, mas é gente como a Larissa. Quem a conhece sabe como essa menina que gosta de vermelho tem um pensamento rápido, irônico, sarcástico e divertido. E eu simplesmente adouro gente assim.

A Larissa é o tipo de pessoa que fala. Pronto. Ela diz aquilo que todo mundo está pensando e não tem coragem de falar. E fala na boa, fazendo piada, tirando sarro, sem ofender. Às vezes a piada é meio pesada, mas a gente releva, levando em consideração as milhares de vezes que ela acerta na mosca. Eu super recomendo que todo mundo sente no puff verde e leia as tiradas quase diárias que ela compartilha com seus leitores.

Ah! E como se não bastasse, a moça é boa repórter, daquelas chaaaatas, que perguntam sempre com coerência e que não aceitam levar furo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Volver

Este fim de semana vi novamente "Volver". Gosto tanto do Almodóvar. Tanto! E essa cena da Penelope Cruz é absolutamente sensacional. É de uma delicadeza absurda, e com a força típica dos personagens de Almodóvar. E eu adoro as cores psicodélicas dos filmes dele.

domingo, 16 de setembro de 2007

Frank Sinatra



Estou num momento Sinatra.
risos.
É impressão minha ou as músicas do passado parecem dizer de forma clara e delicada o que realmente importa na vida?

New York, Leblon e Niterói

É engraçado como a música nos traz memórias. Esta me recorda duas pessoas: Wilshinho, que me ensinou a dançar juntinho, e o Alan, que sempre dança comigo essa música em casamentos. Em pouco menos de um mês o casamento será o dele! A vida é uma delícia, realmente. Com vocês, Mr. Sinatra. Aproveitem.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ira! - Flores em Você



Tudo o que espero da vida é chegar ao fim, bem velhinha, sentada em uma cadeira de balanço em uma varanda, usando um chapéu e um vestido florido, e ter a honra de contar muitas histórias para meus netos, bisnetos, amigos e agregados. Na vida, o que vale é ter história pra contar.

Flores e sorte

Eu vejo flores em você. Adoro essa frase do Ira! (tudo bem se for piegas, nem ligo). Minha flor favorita é o girassol, mas nem sempre foi. Tornou-se quando saí da Oi e recebi um lindo arranjo de flores da Fiamma e sua equipe. Era um girassol. Quando recebi, me falaram que o girassol é a flor da sorte e que estavam me presenteando com um para que eu tivesse muita sorte.

Fiquei super emocionada e desde então o girassol se tornou minha flor favorita, porque faz com que me lembre deste momento e das pessoas que me querem bem. Pra mim, ter sorte na vida é ter bons amigos. Aliás, sempre que proponho um brinde, desejo que a vida traga amigos e mais amigos.

Esse post é um carinho pra todos os meus queridos, novos, velhos, que estão longe e que estão perto. Um afago, um abraço apertado e um beijo!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sorrisos e olhos

Olhos sorridentes dizem mais que um sorriso. E tenho dito :-.)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Praiaaaaaaaaaaaaa!

Vamos a la playa, ô, ô, ô, ô,ô!
Hasta luego!
Suerte!
Cariño y todo más!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

iPod, mas StevePod mais

Acho que desde que comecei com esse blog só escrevi um post em que falava sobre tecnologia. Mas os acontecimentos de hoje me fizeram voltar ao tema. Cara, o Steve Jobs é genial! O cara conseguiu revolucionar uma indústria inteirinha e os hábitos de consumo das pessoas e quando você acha que ele já chegou ao limite, lá vem ele com uma nova invenção.

Pros que não acompanham o que acontece nesse mundinho hightech do qual sobrevivo, hoje a Apple anunciou várias novidades na linha iPod, mas arrasou mesmo foi com o lançamento do iPod Touch. O gadget (lá vou eu usar mais uma palavra do mundinho tecnológico) é a cara do iPhone, celular que a Apple anunciou há dois meses.

A tela touch screen fala por si só, o bicho é bonito e ainda tem Wi-Fi! Caramba! E, como se não bastasse tudo isso, Steve (já fiquei íntima) ainda fez uma parceria com a Starbucks, a rede de cafeterias mais popular dos Estados Unidos. Vai tomar um café? Ah, se você gostar da música ambiente, pode comprar a canção na hora, via Wi-Fi. Mas pra isso você precisa ter um iPod Touch, um iPhone, ou um notebook com o iTunes. Ou seja: você tem que ter alguma coisa da Apple.

Lá vem Steve de novo mudando os hábitos de consumo da gente! É claro que todo mundo vai querer brincar de comprar músicas enquanto toma um café! E seu Steve vai enchendo o cofrinho com as vendas de membros da família iPod. Já foram vendidos mais de 100 milhões em todo o mundo desde que ele foi criado.

E o mais surreal é que seu Steve, mais uma vez, conseguiu roubar a atenção do mundo hightech durante a realização de uma das mais importantes feiras do setor, a IFA. Como diria Raul Gil (eca!), tiro o meu chapéu pra seu Steve.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Cara, às vezes acho que sou uma colecionadora de frases bizarras. Não, não é que eu fale frases bizarras (até falo, mas esse papo rende outro post), mas sempre ouço bizarrices por aí. Como tenho a filosofia que o que vale mesmo na vida é fazer e compartilhar a piada, achei que um post sobre o assunto seria mais que justo.

  • Na minha terra, mulheres não tiram os homens para dançar.
  • O Ajato caiu por causa da chuva.
  • Isso não é comigo, eu só sento aqui.
  • Estou entre a razão e a emoção

domingo, 2 de setembro de 2007

Um passarinho me contou

Hoje ouvi um barulho estranho vindo do quarto e fui checar o que era. Fiquei com medo, porque sempre penso que é uma barata pronta para me atacar, mas na verdade era um passarinho que tinha ficado preso entre a persiana e o vidro da janela.

Na hora, tomei cuidado para conseguir levantar a persiana sem machucá-lo. O bichinho estava tão assustado! Eu só dizia pra ele não se preocupar que eu tomaria o maior cuidado para que ele saísse dali sem se machucar. E deu certo! Levantei a persiana um pouquinho e ele saiu voando.

Uma hora depois, passei novamente pelo quarto e ouvi de novo o barulho das asas batendo contra o vidro fechado. E lá estava ele de novo. Tão pequeno, tão frágil e tão bonito novamente preso. Mais uma vez, levantei a persiana e deixei que ele voasse.

Fiquei pensando em quantas vezes a gente repete os erros e cai nas mesmas ciladas, por vontade própria. E, por mais que os amigos abram a persiana pra gente voar, a gente até vai, mas faz questão de voltar em seguida pra armadilha.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Melancia me faz lembrar o meu pai

Hoje no almoço comi melancia de sobremesa e, ao dar a primeira mordida, uma enxurrada de memórias veio à tona na minha cabeça.

Quase todo fim de semana de verão o meu pai comprava melancia. Uma melancia inteira! E no meio da tarde, lá ia eu pra geladeira e pegava uma linda fatia.

Muitas vezes, eu e papai comíamos melancia juntos, sentados na beira da cama enquanto assistíamos TV. Ele sempre tinha uma providencial faca de manteiga à mão, só pra tirar as sementes. O ritual era o mesmo sempre. Ele cortava um pedaço da fatia bem rente à casca e depois de cima pra baixo, pra soltá-la. Em seguida, usava a faca (que eu nunca pegava) para tirar as sementes, uma a uma.

Eu e papai sempre fomos bons companheiros, daqueles que saem juntos pra caminhar, que vêem TV juntos de bruços, um do lado do outro. Sempre me perguntei como ele conseguia ficar tanto tempo vendo TV de bruços, com o travesseiro apoiando o queixo. Meu queixo doía e eu tinha que mudar de posição.

E dia desses, quando meus pais vieram me visitar, ele ficou exatamente na mesma posição, e eu me aboletei ao lado dele na cama e fiquei com a cabeça apoiada sobre o ombro dele. Que delícia!

Engraçado como um pedaço de melancia pode fazer a gente lembrar de alguns dos melhores momentos da vida.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Não se afobe não que nada é pra já

Chico é um sábio. Como diz a Larissa, ele consegue falar o que as mulheres pensam e ainda ser tudo o que as mulheres procuram.

Nesses dias tenho ouvido muito as músicas dele. Muito. E agorinha ouvi a bendita frase: "Não se afobe não que nada é pra já". Cara, quanta sabedoria. Na boa. E pra mim cai como uma luva, porque sou a pessoa mais ansiosa do mundo. Quero tudo pra ontem, em primeira mão e, de preferência, chegando em casa, como um delivery.

Mas as coisas na vida não podem ser assim. E muitas delas - acho que a maioria - perdem a graça se se tornarem instantâneas e cheias de praticidade.

Um romance, por exemplo. O frio na barriga, o flerte, o olhar sem graça que se desvia é que fazem o romance ser um romance.

Um bolo de chocolate. Se é daqueles instantâneos, boa parte da graça vai embora. O sabor pode ser incrível, mas é delicioso fazer o bolo e lamber o restinho de massa na colher!

O complicado, pelo menos pra mim, é conseguir segurar a ansiedade. A vida de hoje em dia é muito apressada e tanto a minha profissão quanto a minha personalidade me empurram para uma ansiedade tremenda. Mas vou tentar me lembrar do Chico e segurar minha onda :-.)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Eu queria que o Loiro José fosse real

Sim, é isso mesmo. Eu queria que o Loiro José fosse real. Se ele existisse, com certeza eu seria amiga dele. O bicho é bom de piada num grau!

Cheguei à conclusão de que o Loiro José representa pra mim o que o Mickey deve ser para muitas crianças. Só que o Loiro José é MUITO melhor que o Mickey. A começar porque ele é um papagaio e o Mickey é um rato. E, principalmente, porque o Mickey é mala, já o Loiro José é irônico, divertido e mal humorado na medida certa.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Los ojos

Sus ojos, Matilda. Sus ojos. Neruda escreveu um poema em homenagem à sua amada em que falava sobre os olhos de Matilda. Até fiz uma foto desse trecho do poema (que está gravado em um conjunto de pedras afixadas em frente à casa em que os dois viveram em Santiago) porque o texto realmente me tocou.

E agora estou de novo num momento de reflexão sobre os olhos. Tudo por causa de músicas que ouvi esses dias e que falam sobre os olhos e também por conta das belíssimas fotos que meu querido Nelson Vasconcelos postou em seu blog há um tempinho. Das músicas, a mais tocante, sem dúvida, é a que diz: "esse seu olhar, quando encontra o meu, fala de umas coisas que eu não posso acreditar". Das fotos, difícil dizer. Todas são lindas!

Quando você olha nos olhos do outro consegue enxergar um pedacinho da alma. Uma amiga querida dia desses me falou que queria paralizar suas expressões pra que as pessoas só possam saber o que ela está pensando quando ela quiser. Os olhos denunciam, falam, mesmo quando você está mudo.

E isso funciona pra muitas coisas boas, como aquele flerte em que um dos dois baixa os olhos envergonhado. Acho que nem preciso dar mais exemplos. Esse basta.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Felicidade

Que a felicidade é como uma pluma - leve e frágil - todo mundo sabe. Por isso sempre vale a pena registrar quando a gente está feliz, simplesmente feliz, por tudo e por nada. Com todos os motivos do mundo e sem motivo algum.

Feliz por comer um cheeseburguer com MUITA maionese. Feliz por tomar cerveja aproveitando aquele sol gostoso e aquela brisa que espanta o calor. Feliz com o novo microondas, feliz com um elogio, com um afago, com uma doce palavra. Feliz!

domingo, 12 de agosto de 2007

Tem coisas que só o tempo traz

Tem coisas que só o tempo traz. Uma delas é entender que não há nada melhor do que passar uma tarde inteira com as pernas em cima do colo da sua mãe, só falando bobagens.

A gente aprende isso quando cresce e vira gente grande, independente. Aí é que a gente se dá conta de que esses momentos é que entram de verdade na nossa lembrança.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

The best of

Dia desses eu e uns amigos ficamos pensando no "the best of" das nossas vidas. Se você tivesse que escolher, quais seriam os cinco melhores da sua vida? É difícil eleger os top five, você fica um tempão pensando, pensando, pensando e se lembra de momentos que você já tinha deixado arquivados na memória.

Quando finalmente escolhe os vencedores, percebe que os melhores momentos são alguns que você sequer tinha se dado conta que eram tão incríveis quando passou por eles. Quer ver ? (Ah! embora eu tenha colocado em ordem, todos são importantes, ignore o ranking).

1- O melhor abraço que já recebi na minha vida. Foi no aeroporto de Hamburgo, de uma das pessoas mais importantes da minha vida.

2- A virada de ano este ano. Não fiz nada demais, mas passei o ano novo com pessoas que simplesmente me amam e não precisam de nada em troca. Meus pais, meus tios, meus primos. Foi sensacional começar um novo ano com eles.

3- A lembrança de Berlim e de Londres. A imagem do parlamento inglês nunca vai sair da minha cabeça e o cheiro de Berlim me acompanha.

4- O dia em que comi fondue com duas amigas incríveis em Bariloche. A companhia era sensacional, a comida incrível e o riso corria solto. O dia em que vi a neve também está emparelhado. Quase chorei.

5- Uma manhã de segunda-feira à beira de um lago em Puerto Varas, no Chile. A visão dos vulcões, a cor do lago e a leveza do momento e viver tudo isso em plena segunda-feira não tem preço :-.)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Quatro casamentos e nenhum funeral - que bom!

A gente percebe que o tempo está passando quando conta nos dedos os amigos que ainda não se casaram. A cada dia tenho menos amigos solteiros, só este ano, lá se vai uma leva de mais quatro ou cinco casais.

É, o tempo passa e você vê os seus amigos, sim, aqueles que tocavam violão com você madrugadas a dentro, fazendo tudo o que você julgava ser coisa de gente com mais de 30 anos. E aí você se dá conta que está quase lá! Os 30 estão aí batendo à porta e você se lembra de como parecia que 30 anos era muita coisa.

Eu pensava que quando chegasse aos 30 teria dado cinco voltas ao mundo, ganharia muito bem, teria me casado e já estaria no segundo filho. Pêêên.. Todas as opções estavam erradas. E como! Tudo bem, ter 30 é um marco, porque definitivamente você deixa de ser apontada na rua como "a jovem" e passa a integrar o time das mulheres. Mas com quase 30 me sinto ainda tão no início, com um monte de possibilidades, dúvidas e incertezas pela frente.

sábado, 9 de junho de 2007

As conclusões que uma afta traz

Afta, torcilo e insônia são melhores que guardar rancor. E tenho dito.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

As pessoas e os Gremlins

Faz tempo que não escrevo aqui. Mas não enganei ninguém. O primeiro post deste blog deixa claro que não pretendia manter regularidade, assiduidade ou qualquer coisa que faça referência à atualização constante.

Mas não pretendia ficar longe tanto tempo e também não foi legal ficar longe tanto tempo. Mimeografar os pensamentos ajuda a processar o que vivo todos os dias - tanto as dificuldades quanto as coisas boas.

Andei sumida porque já tenho assuntos demais na minha cabeça ultimamente. Na verdade, em geral, tenho muitos assuntos na cabeça. Mas nos últimos tempos eles se multiplicaram feito Gremlins e está difícil fazer com que eles parem de se multiplicar.

Acho que o que mais me incomoda é a decepção que as pessoas nos causam todos os dias (e eu devo causar muitas pra muita gente, todo dia). Sei que isso é natural e que faz parte, não tem jeito. Só que eu me ainda me deixo abater pelas decepções.

Tá, esse post está com cara de desabafo, e até acho que ele é. Mas quero deixar bem claro que estou MUITO FELIZ e acreditando em gente! Toda vez que aparece uma decepção, alguém faz uma coisa muito boa e me mostra que gente é a coisa mais interessante da vida! Estou muito feliz e sinto que coisas muito boas vêm por aí.

domingo, 13 de maio de 2007

Dia das mães

Minha mãe é a minha coragem. Obrigada por tudo, mãe. Amo você.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A gripe e a paciência

À primeira vista, o título deste post pode parecer mais um dos delírios que tenho de vez em quando ao "mimeografar os pensamentos". Talvez até seja, mas é um desses delírios que dá vontade de partilhar.

Estou "gribada". Há muito tempo não ficava assim - pelo menos há um ano. Tinha até esquecido como é ficar gripada, o mal estar, a sensação de nariz entupido, a tosse. Um saco. Mas a gripe me fez perceber como paciência é importante.

Gripe é uma coisa chata pra caramba, mas não tem jeito. Tem que deixar que ela aja e esperar. Não adianta tomar vitamina C e o monte de outros remédios que todo mundo sugere quando você está gripado. Tem que esperar. Os medicamentos e água, muita água, até aliviam os sintomas, não não curam.

E, assim como a gripe, tem um monte de outras coisas na vida que são assim. Não adianta lutar contra, bater o pé, gritar, chorar. Tem que esperar. Paciência, minha gente, paciência.

sábado, 21 de abril de 2007

Só quero uma pizza!

Tem dias em que até pedir uma pizza é complicado. Você quer comer pizza, pega o telefone da pizzaria, mas não consegue ligar e fazer o pedido. Não dá pra escolher o sabor, são muitas opções e uma indecisão até mesmo em relação à pizzaria. Por mais que você sempre ligue para a mesma pizzaria, nesses dias você fica na dúvida se não valeria arriscar e ligar para outra, ousar e pedir um novo sabor, sei lá. Eita dia difícil.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Tudo-ao-mesmo-tempo-agora-e-com-perfeição

Tudo-ao-mesmo-tempo-agora-e-com-perfeição. Só isso? Sim, só isso.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Chuva no rosto

Ir em frente é difícil pacas. Toda vez que a gente precisa deixar alguma coisa pra trás, dói, a gente sofre. Mas depois, com o passar do tempo, a gente vê quanto valeu a pena ter seguido em frente.

Há uns anos, quando eu estava num desses momentos em que é difícil ir em frente, numa conversa, um amigo me disse: "Se você está na tempestade não adianta lutar contra. Feche os olhos e aproveite o vento e a chuva no rosto. Uma hora a tempestade passa".

domingo, 15 de abril de 2007

Uma penseira, por favor

Quem já leu Harry Potter entendeu o motivo do post. Mas como sei que muita gente acha que os livros do bruxinho são uma bobagem e não merecem ser lidos, explico (e acho que muita gente vai mudar de idéia a respeito de Potter e seus amigos depois de entender o que é uma penseira).

Uma penseira é uma espécie de bacia mágica onde você pode depositar lembranças. Basta aproximar a varinha mágica da têmpora, puxar as lembranças que estão ocupando espaço e colocá-las na penseira. Quer lembrar de um momento que não está mais no seu cérebro? Basta mergulhar a cabeça na penseira e você volta, literalmente volta, à situação vivida. Você tem a chance de reviver o momento, seja ele bom ou ruim, como um espectador, sem a possibilidade de alterá-lo.

Traduzindo para os tempos de pendrives, iPods, cartões de memória, a penseira funciona mais ou menos como um HD externo. Você armazena nela coisas que estão ocupando espaço no HD principal e que atrapalham o processamento de diversas aplicações.

Todo mundo já precisou de uma penseira, seja por conta do namorado, dos filhos, do trabalho - ah, o trabalho! - ou da quantidade de informação com que lidamos todos os dias. Uma penseira, por favor.

Mil anos em sete

Ontem em um almoço num japonês - sim, tenho amigos que ainda topam ir ao japonês! risos - entre um hot roll e outro, falamos sobre a maluquice que é viver num momento histórico em que tudo acontece e muda de forma tão rápida.

Lá no ano 2000, quando eu comecei a tomar ciência do que era Internet, não imaginava o potencial que todas aquelas inovações teriam. E mais: não imaginava que em sete anos essas inovações já não seriam inovações! Na verdade, até estou sendo bacana usando o prazo de sete anos, porque acho que elas perderam o posto de inovação antes disso. A sensação que tenho é que vivi mil anos em sete, tamanho o volume de informações novas que recebi. BBS, Internet, ICQ, Messenger, Segurança da Informação, certificações, GSM, CDMA, EVDO, 1XRTT, GPRS, EDGE, HSDPA, Wi-Fi, hotspot, Wi-Max, 3G, 4G!

Tá, eu sei que quase 80% dos brasileiros nunca tiveram contato com tecnologia. Sei também que toda essa discussão a respeito de evolução tecnológica, convergência, mobilidade (lá vem essa palavra novamente) está muito distante da maioria das pessoas. Mas não estou falando sobre a disseminação dessas tecnologias. Estou falando de avanço.

Quem tem contato com a Internet e com a tecnologia como ferramenta de trabalho, o que é o meu caso, me entende. A evolução é rápida e mortal. Quem não se dá conta disso e não se prepara para evoluir junto corre o risco de ficar pra trás. E, por mais que os 80% dos brasileiros ainda julguem que a tecnologia que temos hoje ainda seja coisa de ficção científica - porque simplesmente não têm a chance de conviver com ela -, eles sofrem os efeitos do avanço tecnológico.

Ih, o post ficou bem mais longo e sério do que eu tinha planejado inicialmente. Pra finalizar, uma última ponderação. Toda vez que tenho que apurar uma matéria sobre essa verdadeira sopa de letrinhas, penso na minha mãe. Apuro, entendo, ligo pra ela e conto a história. Minha mãe é uma pessoa genial, esclarecida, sensacional. Mas ela não tá nem aí se o celular dela é GSM ou CDMA, por exemplo. Por isso, depois de apurar, ligo pra ela. Se ela entender, estou pronta para escrever

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A cigana leu o meu destino

O amanhã

A cigana leu o meu destino.
Eu sonhei.
Bola de cristal, jogo de búzios, cartomante
Eu sempre perguntei
O que será o amanhã
Como vai ser o meu destino

Já desfolhei o mal-me-quer
Primeiro amor de um meni...no

E vai chegando o amanhecer
Leio a mensagem zodiacal
E o realejo diz
Que eu serei feliz, sempre feliz

Como será o amanhã
Responda quem puder
O que irá me acontecer
O meu destino será como Deus quiser
================
A cigana leu o meu destino....

Ou isto, ou aquilo

Ou isto, ou aquilo, já dizia Cecília Meirelles.

Por hoje é só, pessoal. Inté.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Tradutor pessoal

O cara que inventar um tradutor pessoal para cada ser humano vai ganhar muito dinheiro. Explico: tenho uma teoria que as pessoas, mesmo aquelas que falam o mesmo idioma, não entendem as coisas da mesma maneira. Às vezes você diz: olha, tem que ser azul e quando você vê o resultado final está verde! Como pode?

Nesses dias, estive cobrindo uma feira de segurança digital e o cara usou a expressão "leitor de tela individual" que, no fundo, é o tal do tradutor pessoal. Usando esse aparato, a gente conseguiria ver e entender as coisas exatamente como elas se passam dentro do cérebro da criatura com quem a gente está falando.

Imagina como tudo seria mais fácil! Trabalho, romance, expectativas, frustrações, tudo traduzidinho....

terça-feira, 10 de abril de 2007

Mimeógrafo digital

Confesso que não imaginava que um dia teria um blog. Engraçado admitir isso assim, publicamente - e logo no primeiro post -, mas é verdade. Para quem não me conhece, explico. Sou jornalista. Cubro tecnologia. Para um site e para uma revista especializada em "mobilidade" - o termo é ótimo e merece um post futuro, só pela piada.

A equação lógica seria simples: jornalista-de-tecnologia-especializada-em-telecom-que-escreve-para-um-site-é-nerd. Não é bem assim. Gosto de tecnologia, mas falo e escrevo sobre ela tanto, todos os dias, que preciso fugir dela de vez em quando. Quando chego em casa prefiro me encontrar com o meu velho mimeógrafo.

Não, não tenho uma dessas velhas máquinas usadas pelas professoras quando eu ainda estava no jardim de infância. Para quem não se lembra, elas colocavam uma matriz com uma tinta azul na maquininha e danavam a fazer cópias de provas, exercícios e outras coisas.

Mimeografar é como chamo carinhosamente os momentos em que penso, penso e penso, os momentos em que estou eu comigo mesma. Quando a gente está pensando, passa e repassa situações, atitudes, planos, frustrações, até chegar a uma espécie de matriz, pronta para ser copiada. A cópia nem sempre fica clara, legível, perfeita, mas é um começo. Exatamente como nos meus momentos de reflexão.

Mas contei essa história toda pra justificar o nome do blog e do primeiro post. Mimeógrafo digital é um nome mais que adequado pra um blog que se propõe simplesmente a receber todas as cópias de matrizes que produzo diariamente no meu mimeógrafo particular. E, de tão digital que sou, faz sentido digitalizá-las. Mas não me cobrem periodicidade, assiduidade ou qualquer outra coisa que signifique "escreva com regularidade". Como já falei, às vezes preciso descansar da tecnologia. Até!